O que esperar do 2º turno das eleições municipais?

O que esperar do 2º turno das eleições municipais?
Serão 51 municípios que passarão por rodada suplementar, entre elas quinze capitais estaduais/Agência Brasil
Publicado em 21/10/2024 às 18:29

André Pereira CésarCientista Político

As eleições municipais chegam ao momento decisivo com a iminência da realização do segundo turno no próximo domingo, 27 de outubro. Em linhas gerais, as pesquisas indicam poucas possibilidades de virada, em especial nas capitais. Além disso, o centro mais conservador deve ser o principal vencedor, com a esquerda e a centro-esquerda com desempenho inferior.

Serão 51 municípios que passarão por rodada suplementar, entre elas quinze capitais estaduais. Governo e oposição estão em campo, com estratégias distintas – muitas vezes olhando as especificidades da disputa local.

Para começar, o confronto em São Paulo, entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). O embate, importante para o governo Lula (PT), se encaminha para a recondução do atual prefeito, que tem o apoio aberto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que trabalha de olho nas eleições de 2026.

Outra capital importante é Belo Horizonte. O prefeito Fuad Norman (PSD), homem de Gilberto Kassab, tem grandes chances de derrotar o candidato da ultradireita Bruno Engler (PL), o nome do bolsonarismo na disputa. Jogo quase jogado.

O PT, partido do presidente Lula, tem chances reais em duas capitais, Fortaleza, com Evandro Leitão atrás do favorito André Fernandes, do PL de Bolsonaro, e Cuiabá, com Lúdio, adversário de Abílio (PL), outro radical aliado do governo do ex-presidente da República.

Em Goiânia, a disputa se dá entre Fred Rodrigues (PL) apoiado por Bolsonaro e Sandro Mabel (União Brasil), que conta com as bençãos do governador Ronaldo Caiado. Na disputa da extrema-direita em terras goianas, o candidato de Caiado leva boa margem de vantagem de acordo com as mais recentes pesquisas. Se eleito, Mabel será a vitrine de Caiado numa eventual disputa à sucessão presidencial em 2026.

Nas outras capitais, nada de (muito) novo. Os grupos conservadores saem à frente, mostrando que o cenário político brasileiro tende ao centro-direita.

Quem ganha, quem perde? Depois da vitória do PSD de Gilberto Kassab no primeiro turno, os partidos mais à direita se mostram com maior musculatura no segundo turno. Ao governo Lula restará repensar suas estratégias a partir de agora.

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