GOL Linhas Aéreas solicita prazo extra para recuperação judicial nos EUA
A GOL Linhas Aéreas solicitou uma extensão de prazo para apresentar seu plano de recuperação judicial ao Tribunal do Distrito Sul de Nova York. A companhia aérea, que se encontra sob proteção do Chapter 11 da legislação americana, pediu mais 150 dias (ou cinco meses), o que permitiria à empresa concluir o plano até o dia 20 de março de 2025.
Caso o pedido seja aceito pela justiça americana, a GOL terá mais tempo para definir os detalhes da reestruturação e propor um plano viável para cumprir com seus compromissos financeiros e operacionais. Em sua justificativa, a GOL argumenta que a extensão é necessária devido à complexidade de seus processos e ao porte da empresa. Entre os principais pontos que a companhia ainda precisa tratar estão:
- Reestruturação da frota: A empresa busca finalizar a renegociação de 139 aeronaves Boeing 737 e de 58 contratos de arrendamento de motores com 21 arrendadores, além de rever acordos de venda e locação.
- Avaliação de arrendamentos: A GOL ainda precisa decidir sobre mais de 300 arrendamentos de imóveis não residenciais, incluindo portões de embarque e espaços em cerca de 80 aeroportos.
- Gestão operacional: A companhia aérea lida com contratempos, como atrasos na entrega de aeronaves e eventos climáticos extremos, como as recentes enchentes, que impactaram seu planejamento de frota.
- Liquidez financeira: A empresa pretende manter o acesso a recursos financeiros usando recebíveis de cartões de crédito e débito Visa como garantia para obter apoio de credores.
- Negociações com credores: Em andamento, essas negociações visam reduzir as reivindicações sobre os ativos da empresa e otimizar suas operações financeiras.
- Liquidação de dívidas: A GOL trabalha para obter a aprovação judicial para liquidar reivindicações anteriores ao processo, incluindo dívidas com credores garantidos e não garantidos, como Banco Pine S.A. e Banco Rendimento S.A.
Com mais de 2.100 reivindicações a serem analisadas, a GOL precisa de tempo para estruturar a recuperação financeira e operacional, apresentando um plano que atenda aos interesses dos credores e viabilize a continuidade das operações. A decisão sobre o pedido de extensão de prazo agora depende do tribunal americano, que avaliará as justificativas da companhia antes de conceder o novo prazo.