Explosões no STF: Praça dos Três Poderes é evacuada; uma pessoa morre

Explosões no STF: Praça dos Três Poderes é evacuada; uma pessoa morre
Publicado em 13/11/2024 às 20:30

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi evacuado na noite desta quarta-feira (13) após a ocorrência de explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Em nota, o STF relatou que “dois fortes estrondos foram ouvidos ao final da sessão, e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. Os servidores e colaboradores também foram evacuados como medida de precaução. Policiais militares e bombeiros foram acionados e trabalham para garantir a segurança e apurar a origem das explosões.

Informações preliminares apontam que uma pessoa morreu, gerando uma grande mobilização das forças de segurança. A vítima foi identificada como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, natural de Santa Catarina e ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL). Antes do incidente, Francisco havia publicado ameaças em suas redes sociais, demonstrando descontentamento com as instituições democráticas e sugerindo ações violentas. Essas postagens estão sendo analisadas pelas autoridades para compreender as motivações por trás do ataque.

Imagens postadas nas redes sociais

O incidente ocorreu logo após o encerramento de uma sessão que discutia a letalidade policial em favelas, tema que atraiu grande atenção pública. O público presente foi retirado às pressas, em meio ao pânico gerado pelos estrondos. A Praça dos Três Poderes, símbolo da democracia brasileira, foi rapidamente isolada pelas forças de segurança.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que policiais da 5ª Delegacia de Polícia estão no local, onde ocorreu a explosão de um artefato em frente ao STF na noite desta quarta-feira (13). As primeiras providências investigativas já foram tomadas, e a perícia foi acionada para analisar a área, visando determinar as causas do incidente e identificar possíveis responsáveis.

Veja o vídeo da explosão.

Em meio ao caos, informações extraoficiais relataram a presença de um homem, antes das explosões, teria passado pelo ponto de ônibus e feito um sinal de “joinha” com a mão para as pessoas presentes. Em seguida, ele teria arremessado algo em direção à estátua da Justiça. Seguranças do STF tentaram se aproximar, momento em que a segunda explosão foi ouvida.

Explosivos foram colocados dentro de um carro no estacionamento do Anexo 4 da Câmara dos Deputados, resultando em uma explosão antes das ocorridas no STF.

O Palácio do Planalto reforçou imediatamente a segurança na região após o incidente. As autoridades permanecem em alerta máximo, e investigações detalhadas estão em andamento para esclarecer os fatos e identificar os envolvidos no ataque.

A sessão da Câmara dos Deputados foi imediatamente suspensa, com orientação para que os parlamentares permanecessem dentro do plenário, aguardando a chegada e as instruções do Departamento de Polícia Legislativa (Depol), como medida de segurança após as explosões ocorridas na região.

A Polícia Federal irá instaurar um inquérito policial para apurar os ataques. Para garantir a segurança e realizar as análises necessárias, foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas, que já estão conduzindo as primeiras medidas no local e investigando as causas e possíveis responsáveis pelo incidente.

As explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) acontecem quase dois anos depois dos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília – o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o próprio STF. Naquele dia, grupos contrários ao resultado das eleições presidenciais realizaram uma série de atos de violência e vandalismo que foram amplamente condenados pela sociedade e levaram à prisão de centenas de pessoas.

Os prédios do Supremo Tribunal Federal passarão por uma varredura completa para verificação de eventuais artefatos na madrugada e manhã desta quinta-feira (14). O expediente foi suspenso até o meio-dia em todos os prédios, e a situação será reavaliada ao longo da manhã.

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