Black Friday: planejamento é arma contra fraudes
Para garantir que a Black Friday, marcada para 29 de novembro, seja uma experiência vantajosa e segura, consumidores precisam adotar medidas de planejamento e atenção redobrada. Entre as principais estratégias para evitar armadilhas está a pesquisa antecipada de preços, que ajuda a detectar falsos descontos — prática comum onde estabelecimentos aumentam preços pouco antes da data para simular promoções vantajosas.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) reforça a necessidade de atenção dos consumidores e promete intensificar a fiscalização junto a Procons estaduais e municipais, tanto em lojas físicas quanto em plataformas digitais, para garantir que os descontos oferecidos sejam reais. “Estamos de olho, mas é fundamental que o consumidor também adote uma postura de vigilância e comparação de preços para se proteger”, afirmou o secretário Wadih Damous.
Além de ferramentas que monitoram o histórico de preços, os consumidores devem buscar informações sobre a reputação das lojas, política de devolução e condições de entrega. Vanessa Laruccia, especialista em Direito Civil, alerta para golpes em sites falsos durante o período, recomendando que compras sejam feitas com atenção redobrada e preferencialmente com cartão de crédito, o que oferece maior segurança. “Muitos golpistas oferecem produtos com preços muito abaixo da média, exigindo pagamentos por PIX ou boleto. Essas ofertas devem ser evitadas, pois, na maioria dos casos, os produtos nunca são entregues”, explicou.
Dentre as práticas abusivas que podem ser identificadas e denunciadas, estão falsos descontos, cobranças excessivas de frete e instabilidades em sites que dificultam a finalização de compras ou alteram os preços anunciados. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) assegura o direito à informação clara, a proibição de publicidade enganosa e a garantia de cumprimento de ofertas, sendo dever das empresas respeitar os preços e condições publicadas.
Em caso de irregularidades, os consumidores podem buscar suporte dos Procons ou registrar suas queixas através do portal consumidor.gov.br. Além disso, denúncias podem auxiliar na aplicação de sanções aos fornecedores que violarem as normas de proteção ao consumidor, incluindo multas e outras penalidades previstas no CDC.
Fiscalização
A Senacon, em parceria com os Institutos de Defesa do Consumidor (Procons) estaduais e municipais, intensificará a fiscalização de sites de comércio eletrônico e de lojas físicas nesse período. O objetivo é verificar se os descontos realmente refletem uma redução de preço em relação ao histórico recente. Além do monitoramento, a Senacon atua como um apoio para o consumidor que precisar registrar queixas ou suspeitas de fraudes, por meio do portal consumidor.gov.br ou pelos Procons.
Dicas da Senacon para a pesquisa prévia na Black Friday:
1. Acompanhe o histórico de preços dos produtos desejados
2. Utilize sites comparadores de preços e de histórico de valores para verificar a veracidade das promoções
3. Verifique a reputação da loja, especialmente se for comprar em plataformas desconhecidas
4. Esteja atento às condições de entrega e política de devolução e reembolso
5. Evite compras por impulso