Argentina emite mandados de prisão para 61 brasileiros foragidos por ataques de 8 de janeiro

Argentina emite mandados de prisão para 61 brasileiros foragidos por ataques de 8 de janeiro
Os detidos passarão por audiências na 3ª Vara Federal da Argentina para avaliação do pedido de extradição/Agência Brasil
Publicado em 15/11/2024 às 19:07

A Justiça da Argentina emitiu mandados de prisão para 61 brasileiros foragidos que estão no país, acusados de envolvimento nos atos de invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília, no episódio do 8 de janeiro. A Polícia Federal brasileira já solicitou à Argentina a extradição dos indivíduos, que são alvo de busca pelas autoridades.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, entre os foragidos, Rodrigo Moro Ramalho e Joelton Gusmão Oliveira foram detidos nesta sexta-feira (15). Ramalho foi condenado a 14 anos de prisão e Oliveira recebeu uma sentença de 16 anos por crimes relacionados a golpe de Estado e outros delitos. Ambos passarão por audiências na 3ª Vara Federal da Argentina para avaliação do pedido de extradição, com possibilidade de recurso à Corte Suprema argentina.

A operação, conduzida pela polícia argentina em colaboração com a Polícia Federal brasileira, faz parte de um esforço de cooperação internacional que também envolveu a inclusão dos foragidos na lista de procurados pela Ameripol.

Joelton Gusmão Oliveira foi preso em La Plata, na Direção Geral de Migrações. Entretanto, sua esposa, Alessandra, também condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), conseguiu escapar da detenção. Segundo dados obtidos pela Folha com base na Lei de Acesso à Informação, cerca de 185 brasileiros solicitaram refúgio na Argentina, com a maioria dos pedidos realizados em maio.

Os brasileiros alegam que sua prisão em território argentino seria uma violação das normas de refúgio. Argumentam que, enquanto o pedido de refúgio estiver sob análise, não poderiam ser extraditados. No entanto, um decreto recente do presidente argentino Javier Milei declarou que o refúgio não seria concedido a indivíduos denunciados ou condenados em seus países de origem por crimes graves, como terrorismo, violações de direitos humanos ou ações que comprometam a segurança internacional.

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