Americanas dá volta por cima com lucro de R$ 10,3 bi após crise histórica
A Americanas reportou um lucro líquido de R$ 10,3 bilhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo uma trajetória de resultados negativos. O desempenho positivo reflete uma série de ações de reestruturação, incluindo renegociações de dívidas, corte de custos operacionais e ajustes em sua linha de produtos.
Além disso, a empresa destacou que seus esforços para digitalizar operações e integrar os canais online e as lojas físicas foram fundamentais para melhorar a eficiência e reforçar sua competitividade no mercado.
Analistas veem o resultado como um sinal positivo para o futuro da Americanas, com potencial para recuperar a confiança de investidores e consumidores. No entanto, alertam para a necessidade de cautela em um cenário econômico desafiador e de forte concorrência no setor. A continuidade dessa recuperação dependerá de estratégias consistentes para sustentar o crescimento e reforçar a posição da empresa no mercado.
A Americanas enfrentou uma das crises financeiras mais graves de sua história, agravada no início de 2023, quando revelações sobre inconsistências contábeis e uma dívida bilionária abalaram a empresa. O caso gerou forte impacto no mercado financeiro, resultando em processos judiciais, perda de valor de mercado e desconfiança por parte de investidores e credores. As descobertas, relacionadas a práticas de ocultação de passivos, colocaram a Americanas em um caminho de reestruturação emergencial.
Desde então, a companhia empreendeu uma série de medidas para contornar a crise. Isso incluiu renegociações de dívidas com credores, corte de despesas operacionais, vendas de ativos e reestruturação de seus negócios. A empresa também intensificou sua aposta na digitalização e no fortalecimento da integração entre suas operações físicas e online, buscando modernizar seus serviços e aumentar a competitividade frente a uma concorrência cada vez mais acirrada no setor varejista.
No entanto, especialistas apontam que os desafios ainda são significativos, já que a Americanas precisa recuperar a confiança de stakeholders e enfrentar o cenário macroeconômico adverso que impacta o varejo. A sustentabilidade desse resultado dependerá de uma gestão consistente e de estratégias que equilibrem eficiência financeira, inovação e competitividade no mercado.