A portuguesa Adélia Barros foi condenada nesta sexta-feira (15) por injúrias agravadas e difamação contra Titi e Bless, filhos dos atores brasileiros Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso. O episódio aconteceu em julho de 2022, quando Adélia proferiu ofensas racistas às crianças em uma praia na Costa da Caparica, em Portugal. Além dos filhos do casal, um grupo de angolanos presentes no local também foi alvo dos insultos.

O julgamento ocorreu no Tribunal de Almada, onde a ré foi considerada culpada pelas acusações. A sentença incluiu uma pena de prisão de oito meses, convertida em prestação de serviços comunitários, e uma multa de 14 mil euros, o equivalente a R$ 85 mil na cotação de hoje. A mulher também foi condenada a pagar 2.500 euros (R$ 15.200) à associação SOS Racismo. A decisão judicial enfatizou a gravidade dos atos e a necessidade de combater o racismo em todas as suas formas.

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso compareceram ao tribunal durante o processo e expressaram alívio com o desfecho. “A justiça foi feita. Esperamos que este caso sirva de exemplo para que situações como essa não se repitam”, declarou Ewbank. O casal destacou a importância de denunciar e combater o racismo, independentemente do país onde ocorra.

O caso ganhou ampla repercussão internacional, trazendo à tona debates sobre racismo e discriminação em Portugal. Organizações de direitos humanos e entidades antirracistas acompanharam o julgamento de perto, considerando a condenação um marco na luta contra o preconceito racial no país.

Especialistas em direito ressaltam que a condenação de Adélia Barros pode abrir precedentes para casos semelhantes, incentivando vítimas de racismo a buscarem justiça. A decisão também reforça a necessidade de políticas públicas eficazes no combate à discriminação racial e na promoção da igualdade.