INPE: Incêndios no Brasil aumentam 76% em comparação a 2023

INPE: Incêndios no Brasil aumentam 76% em comparação a 2023
Incendio atinge o Parque Nacional de Brasília. Bombeiros e populares tentam conter as chamas/Agência Brasil
Publicado em 18/10/2024 às 17:44

O Brasil enfrenta um crescimento alarmante no número de focos de incêndio em 2024, com um aumento de 76% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Até 13 de outubro, foram registrados 226,6 mil focos de incêndio em todo o país, com mais de 2,3 mil novos focos detectados nas últimas 48 horas.

A Amazônia concentra 49,4% dos focos de incêndio, sendo o bioma mais afetado. Em seguida, o Cerrado representa 32,1% dos casos. O Pantanal, embora responda por apenas 6% do total, registrou o maior aumento percentual, com um crescimento impressionante de 1.240% em relação a 2023.

Mesmo com alertas de chuvas intensas emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o Pantanal e a Amazônia, a previsão é de precipitações abaixo da média histórica até dezembro em grande parte da Região Norte. Isso contribui para manter os baixos níveis de umidade do solo, aumentando o risco de novos focos de incêndio.

Nos últimos dois dias, o estado do Pará contabilizou 466 focos de calor, enquanto o Mato Grosso registrou 189. Já a região conhecida como Matopiba (abrangendo Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que é predominantemente do bioma Cerrado, registrou 826 focos no mesmo período e está em alerta devido à baixa umidade, elevando o risco de incêndios florestais.

O governo federal mobilizou 3.732 profissionais para combater os incêndios na Amazônia, Pantanal e Cerrado, além de disponibilizar 28 aeronaves. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, reforçou o compromisso do governo em monitorar e agir rapidamente diante dessa situação crítica.

A seca extrema também afeta os principais rios do Brasil. A Agência Nacional das Águas (ANA) declarou situação de escassez hídrica em várias regiões, incluindo os rios Madeira e Purus, no Amazonas, e os rios Tapajós e Xingu, no Pará. No Pantanal, o Rio Paraguai registrou sua menor cota histórica, superando o recorde anterior de 1964, deixando várias comunidades isoladas e acentuando os efeitos da crise climática.

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